Segundo o blog República do Zé, a maioria dos portugueses é contra a aplicação do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Segundo os dados de uma pesquisa realizada no país, 57,3% são contra as mudanças na ortografia e somente 30,1% são a favor. Sobre a utilização das novas regras, 66,3% dizem que não vão utilizá-las, enquanto 22,1% dizem que pretendem respeitá-las.
Enquanto os brasileiros buscam incorporar no dia-a-dia as mudanças, desde o início do ano, quando as novas regras entraram em vigor, os portugueses fazem pressão por alterações no acordo. Nesta semana, o Parlamento português recebeu uma petição assinada por 113.206 cidadãos propondo a discussão da renegociação do Acordo Ortográfico, apesar deste já ter sido aprovado pelas instâncias competentes do governo.
O principal argumento dos críticos é que as justificativas para a mudança são falsas. A idéia central seria combater o analfabetismo com a simplificação do idioma e ajudar o português a se impor como língua internacional. Para os que assinaram a petição, essas justificativas não são baseadas em argumentos científicos. Além disso, uma forte oposição é fundamentada na idéia de que o Acordo é na verdade uma concessão ao português do Brasil e que pouco unificará o idioma.
Por fim, os portugueses também se queixam do abandono da etimologia das palavras, como a eliminação de “p” e “c” não pronunciados em palavras como “óptimo”, “Egipto”, “acto”, “inspecção” ou “facção. Eles dizem que o acordo não tem coerência por eliminar essas letras não pronunciadas e manter o “h”, como em humano ou hora.
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